quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Atocha



Esqueci de falar que no sábado pela manha, antes de ir ao Reina Sofía, eu passei na Estaçao de Atocha. Na verdade, como o museu fica a alguns metros da estaçao, aproveitei que era caminho pra conhecer melhor o lugar e tirar fotos.

Madrid tem 3 grandes estaçoes de trem: Chamartín, ao norte; Príncipe Pío, no centro; e Atocha, ao sul.

É possível chegar nesta estaçao de metrô ou de trem, no que eles aqui chamam de "Cercanías". As cercanías sao trens modernos que ligam cidades próximas a Madrid, passando inclusive por dentro da cidade. Sao operadas pela Renfe, que é a empresa que cuida da ampla rede de trens da Espanha e que se conecta também com linhas em outros países - no caso de viagens internacionais.

Como a uma estaçao de metrô de onde moro tem uma parada de Cercanías que me leva direto a Atocha, escolhi esse caminho pra ir ao museu. O percurso é rápido e o trem muito confortável.

Nao nego que sempre que pego trem aqui sinto um certo receio. Os atentados terroristas em 2004 foram justamente nas Cercanías Renfe. Claro que depois disso a segurança se multiplicou, mas a verdade é que se alguém por ventura quiser fazer alguma merda, nao é difícil.



Chegando em Atocha, passei no monumento ao 11 de Março antes de sair da estaçao. É uma sala azul com uma cavidade no teto, por onde entra a luz. Olhando de baixo pra cima, é possível ler algumas mensagens escritas por parentes das vítimas, que estao em uma espécie de plástico preso ao "tubo" que faz uma conexao de ar com a rua. É um espaço simples e bonito. E para os madrileños tem uma carga emotiva grande.

A estaçao é enorme e fica perto dos 3 principais museus daqui. Foi de lá que saiu a "La marcha" no VivAmérica.
Por dentro é como qualquer outra estaçao de trem moderna. Por fora tem cara das antigas estaçoes de trem européias - com direito ao relógio com números romanos e bandeira do país no topo. Lembra, inclusive, a de Príncipe Pío, já que as duas sao as mais antigas da cidade.

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