segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Segovia

A semana passou corrida como sempre e no sábado fizemos mais uma incursão pelos arredores de Madrid.

Dessa vez, a cidade escolhida foi Segovia, que junto com Toledo e Avila forma o trio de cidades-patrimônio da humanidade a 1 hora da capital espanhola. E meus companheiros de viagem foram Eduardo, Rea e Francisco.

De Príncipe Pio, há um ônibus que por 12,75 leva e traz, percorrendo os 90 Km de distância entre as duas cidades em pouco mais de uma hora.

Diferente de El Escorial e Alcalá de Henares, Segovia não pertence ao mesmo estado que Madrid, mas sim ao estado de Castilla y León, que já foi reino um dia.

A cidade é linda.


Para chegar, o ônibus sobe mais uns 300 metros desde Madrid (que está a uns 630 metros do nível do mar), percorrendo um planalto pouco povoado que se estende dos dois lados da estrada e deixa ver, ao fundo, as montanhas já cobertas de neve.

Da estação de ônibus, fomos primeiro a uma das principais atrações: o imponente aqueduto romano de quase 2000 anos. Cruzando o que hoje é uma pequena praça, a estrutura de pedra gigantesca impressiona pela engenhosidade, pela beleza e, claro, por saber que aquilo está ali há centenas de anos. Segundo consta, o aqueduto se estendia por 14 Km, trazendo a água das montanhas até a cidade.


Do aqueduto, percorremos as estreitas ruas junto à antiga muralha que protegia o povoado até chegar à Plaza Mayor.

É onde está a Catedral de Segovia, que é fantástica. De tão grande, fica difícil até pra enquadrar nas fotos. As torres góticas ricamente ornamentadas e a imponência da catedral são de fazer cair o queixo. É realmente muito bonita em qualquer ângulo.


Um pouco mais adiante, mais uma atração espetacular, pra não perder o costume.

O Alcázar é um antigo castelo medieval que foi moradia dos reis de Castilla y Leon, sobrevivendo a centenas de anos à medida em que ganhava anexos e era ricamente adornado em seu interior.


Uma curiosidade: Walt Disney foi à Segovia antes de construir o parque, e o castelo da Cinderela é inspirado no Alcázar. Se pode notar as semelhanças nas torres cônicas e na torre principal, que funciona como uma fachada.

Foi a primeira vez que entrei em um castelo com fosso, daqueles em que uma ponte liga o exterior ao interior, por cima de uma cratera com mais de 30 metros de altura. Por dentro, tetos de ouro, vitrais, tapetes, antigas armaduras medievais, esculturas da antiga dinastia e peças utilizadas nas intermináveis guerras. Aula de história ao vivo, com direito a boca aberta e uma imensa satisfação.


À parte, a visita oferece uma subida à torre principal. Depois de quase 100 degraus e pouco fôlego – graças mais à altura que à falta de forma – chegamos ao topo, de onde se vê a catedral gótica, os arredores descampados do castelo, uma parte da cidade e as montanhas nevadas.

Paramos um pouco pra apreciar a vista e, quando esvaziou, nos sentamos no chão e comemos os sanduíches e biscoitos trazidos de casa. E eis que, desde então, posso dizer que já fiz uma refeição em um castelo de verdade, mesmo que não tenha sido nenhum banquete de rei. =P

E lá encima, sob o sol forte e o frio das montanhas, não conseguia parar de pensar: não, não é um sonho.

Depois caminhamos um pouco mais pela cidade, saindo do centro histórico para ver as muralhas por fora. Em seguida, voltamos ao aqueduto para mais algumas fotos e para seguir um pouco, caminhando, o antigo trajeto.


Voltamos a Madrid ao pôr do sol, enquanto eu dormia no ônibus exausto e feliz.

Um comentário:

Unknown disse...

Aiiii q inveja boaaaaaaa q to de vc amigo!!!
tb quero ver o pôr do sol em Madri...
;)

Se divirta Bê!!!

Bjaum