quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Nos muros, nas ruas e na fantástica história de Berlim


Depois de milhares de km percorridos e aventuras pelas mais diversas cidades, enfim chegamos a Berlim!

A fantástica capital alema mistura o antigo com o novo e respira movimento por todos os lados. Berlim sem dúvida foi a cidade que eu mais gostei de conhecer nessa viagem de fim de ano. Nao que seja incrivelmente linda. Mas a cidade tem algo no ar. Uma sensaçao de transformaçao e superaçao que nenhum outro lugar tem.

Pelas ruas, os antigos vestígios do muro servem pra que ninguém esqueça de há 20 anos uma das cidades mais importante do mundo estava dividida por uma parede vergonhosa de concreto e violência.


A Est-Side Gallery é o trecho mais longo que sobrou do muro, e se transformou numa obra de arte a céu aberto graças às pinturas de diversos artistas, que expressaram ali suas emoçoes no dia em que o muro, enfim, caiu.


Já na Postdamer Platz, pequenos pedaços de concreto se juntam aos gigantescos edifícios modernos...


...onde se destaca o Sony Center com seu teto modernoso em forma de guarda-chuva.



A praça que hoje é referência em arquitetura, era até pouco tempo atrás um terreno degradado na fronteira entre as duas Berlins - e hoje é prova da supereçao e da reconstruçao da cidade.


Ainda da Guerra-Fria, há registros como a antiga torre de vigia...


...e o Check-Point Charlie, uma passagem fronteiriça entre o lado comunista e o capitalista, na área controlada pelos Estados Unidos.



Desse período também ficou um dos principais símbolos de Berlim: a Torre de Televisao. Construída no lado comunista, a torre de mais de 300 metros pode ser vista de qualquer ponto da cidade.
Na altura de 206m, há um bar e uma vista de 360º. Mesmo à noite, é incrível!


A Torre fica na Alexander Platz, onde está também a prefeitura vermelha (que nao tem nenhuma ligaçao com política)...


...e o "relógio-de-todas-as-horas-do-mundo", inclusive a do Brasil!


Ali perto, a estaçao de trem mais antiga...


...e o bairro Niko, onde nasceu a cidade.



Perto da "Alex" estao também as estátuas de Marx e Engels, gênios do pensamento crítico contemporâneo.



Os alemaes nao querem esquecer sua história. E mantém muitos dos símbolos da Guerra de pé até hoje. Nao só como uma forma de mostrar ao mundo que nao concordam com ela (e assim pedir desculpas), como para que todos entendam que os principais prejudicados, ao final, acabaram sendo eles mesmos.


É por isso que a Igreja Comemorativa resiste no centro da Zoologister Garten. Bombardeada durante a II Guerra, o que sobrou da igreja foi mantido como símbolo pela paz. E o novo e moderno templo onde se celembram as missas hoje funciona logo ao lado.


Na regiao, o famoso Zoológico de Berlim, mais antigo da Europa e onde há pouco tempo nasceu o primeiro urso polar em cativeiro.


No mercadinho de natal montado na praça, provei um prato típico da cidade: salsicha com curry e catchup. Nada muito diferente, mas bem gostoso.


Ainda relacionado à Segunda Guerra, existe o Monumento ao Holocausto. Uma enorme área com blocos escuros de vários tamanhos, onde dá pra se perder nos inúmeros e sombrios corredores.



Da Berlim antiga, nao podíamos deixar de conhecer a Catedral Protestante. A magnífica construçao resistiu às guerras e se impoe às margens do rio, bem pertinho da Ilha dos Museus.



Ali, os antigos edifícios abrigam vários e diversos museus com o melhor da rica oferta de arte e cultura da cidade. Além de ser um lugar super bonito, entre os dois canais fluviais.




Outro monumento antigo é o Obelisco Vitória, que também oferece vistas da cidade.



Já esteve na praça do Parlamento, mas por ordem de Hitler foi movido para a área verde que hoje abriga também uma das sedes do Governo Alemao.


No dia 31, um dos Reveillons mais FODA da minha vida.



Nos juntamos a mais de meio milhao de pessoas na Porta de Brandenburgo, e encaramos as horas de frio intenso à espera do grande momento. Ali encontramos o mesmo casal argentino de Viena (mais uma vez sem combinar, como aconteceu em Praga).



E junto com eles e mais um espanhol e dois primos holandeses que conhecemos no albergue, começamos o ano em meio à alegria dos alemaes, debaixo de fogos de artifício...

...e num dos monumentos históricos mais importantes do país.


No dia seguinte, muita neve deu as boas-vindas pra 2009.
E com o sorriso no rosto visitamos o bonito Palacio Real...
...com as magníficas salas internas reconstruídas...
...os jardins externos...
...e um lago - no momento completamente congelado.


No último dia, o incrível Reichstag.
A casa republicana onde Hitler nunca pisou foi incendiada a mando do próprio para jogar a culpa nos comunistas. Fechado pelo führer no período Nazi, o Parlamento, que é um bonito e imponente prédio, foi quase completamente destruído na II Guerra.


A antiga cúpula foi reconstruída em uma versao moderna de vidro e espelhos, que permite boas vistas da cidade. E nao é à toa que esse é também um dos símbolos berlineses mais importantes.

Aproveitei a espera pelo trem que só sairia na madrugada para, pela primeira vez na vida, patinar no gelo. E foi gelo de verdade, em plena Alemanha! Foi super divertido e as quedas nem foram tantas quanto eu esperava.


No fim da noite, um passeio a pé pelo centro serviu de despedida. E a bonita iluminaçao noturna dos principais monumentos guiou meu caminho até a estaçao, fazendo crescer a vontade de um dia - com certeza - voltar.

2 comentários:

Juliana Henriques disse...

Mew,

FANTÁSTICO

Imagino o quanto deve ter sido bom o seu ano novo...

Olho essas fts e me dá uma vontarde, cuiriosidade de viajar e conhecer coisas tão diferentes..

Simplesmente FODA!!!

Saudades de vc..

=D

Unknown disse...

Mais q experiência incrível heim???

Q Maravilhosoooooo!!!


Mas é metido heim???
Alemanha é???

Q chiqqqqqqq!!!