quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Campo de Concentraçao de Dachau

Visitar um Campo de Concentraçao nao é bem um passeio turístico. Está mais pra uma experiência de vida e de reflexao.

Chegamos a Munich no dia 19 de manha, depois de uma longa e gélida noite na estaçao de trem, salva por uma organizaçao nao-governamental alema que ofereceu uma salinha quente com chá, mesas, cadeiras e banheiro limpo pros viajantes da madrugada.

Depois de deixar as coisas no albergue, saímos com o tour gratuito pela cidade e decidimos ir naquele dia mesmo a Dachau, uma cidadezinha vizinha a Munich onde está o primeiro e mais duradouro campo de concentraçao.
Foi ali que o horror nazista começou, em 1933. Primeiro como prisao de políticos, depois como Campo de Concentraçao propriamente dito, onde até 20 mil pessoas foram amontoadas e torturadas. Nos 12 anos de funcionamento, milhares foram mortas.

No tour pelas sóbrias intalaçoes, uma volta ao passado revelou como era a vida(?!) ali.

Os prisioneiros que chegavam recebiam um numero que corresponderia a sua identidade a partir de entao. Sem nomes, sem apelidos. Apenas um numero.

No dia da chegada, o único uniforme para toda a instância: fino, esfarrapado e pouco quente pros gelados invernos alemaes. Calçados eram proibidos. O banho era só um também, nesse mesmo dia.

Os objetos pessoais eram deixados de lado junto com toda a dignidade humana.

De acordo com o tipo de prisioneiro, os uniformes traziam insígnias que podiam se acumular: presos políticos, judeus, homossexuais, foras-da-lei, re-inicidentes.


Alguns instrumentos de tortura estao até hoje expostos no saguao do prédio principal.


Em Dachau, os presos dormiam em camas de madeira que com o passar dos anos e o crescente número de pessoas, viraram grandes tábuas sem divisória onde eles se aglomeravam em até 2 mil pessoas num espaço previsto pra 200.
Das barracas de madeira chamadas de dormitórios, restou apenas uma das mais de 20. Ali, as janelas ficavam abertas no inverno e eram fechadas no verao. Até o clima era usado como tortura.


Dachau foi também um Campo de Concentraçao dos dois tipos que podiam existir: de trabalho forçado, no começo. E, durante a guerra, também de extermínio. A câmara de gás e o crematório sao provas da barbárie.



Assim como a foto tirada no dia em que as tropas aliadas libertaram os prisioneiros.


No pátio agora vazio, monumentos recordatórios para que a humanidade jamais esqueça até onde pode chegar a crueldade e a doentia humanas.

E, em diversos idiomas, um pedido que ainda precisa ser ouvido:


Um comentário:

Juliana Henriques disse...

Putz.. Surreal..

Dá para imaginar a sensação de entrar em um campo de concentração...

As cenas que só vimos em filmes, aulas de história livros devem formar um filminho na cabeça...

FODAA!!!!!

Se cuida por aí heim??
Suas aulas já começaram??

Como anda a busca por emprego??

Saudades..

beijo